ANO 4
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domingo, 21 de setembro de 2014

Finalmente, O Discurso!

   


Como atual Embaixadora da Boa Vontade da ONU, Emma Watson compareceu, ontem, ao evento HeForShe (ElePorEla) na sede das Nações Unidas, ao lado de grandes líderes mundiais, e fez um incrível discurso a respeito da igualdade dos gêneros. 
   Vale lembrar que feminismo não prega a superioridade das mulheres sobre os homens, como alguns costumam acreditar, mas a igualdade econômica, política e social dos sexos. E Emma Watson vem levantando esta bandeira.   

   Confiram o discurso completo, que é um pouco grande, mas vale muito a pena ser lido:







"Vossa Excelência, Secretário Geral das Nações Unidas, Presidente Geral dessa Assembleia, Diretor Executivo da ONU Mulheres e demais convidados, hoje estamos lançando uma campanha chamada "ElePorEla". Estou me dirigindo a vocês porque preciso da sua ajuda. Nós queremos acabar com a desigualdade de sexos, e para isso, nós precisamos que todos estejam envolvidos. Essa é a primeira campanha desse tipo promovida pelas Nações Unidas: queremos tentar inspirar o máximo de homens e garotos a serem defensores da mudança. E não queremos apenas falar sobre isso, nós queremos nos certificar de que isso é possível. Eu fui nomeada Embaixadora da Boa Vontade pela ONU Mulheres seis meses atrás, e quanto mais eu falava sobre feminismo, mais eu percebia que lutar pelos direitos das mulheres muitas vezes tem se transformado em sinônimo de ódio aos homens. E se existe algo de que tenho certeza, é de que isso tem que parar.

Para informação de todos, feminismo, por definição, significa: "a crença de que homens e mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais". É a teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos. Eu comecei a questionar pressupostos baseados nos gêneros há muito tempo. Quando eu tinha oito anos, ficava confusa ao ser chamada de "mandona", porque eu queria dirigir as peças que encenávamos para nossos pais. Mas os garotos não ficavam confusos. Aos catorze anos, eu comecei a ser sexualizada por certos elementos da mídia. Aos quinze anos, minhas amigas começaram a abandonar seus amados times esportivos porque elas não queriam parecer 'musculosas'. Aos dezoito anos, meus amigos homens eram incapazes de expressar seus sentimentos. Eu decidi que eu era uma feminista e isso parecia descomplicado para mim. Mas minhas recentes pesquisas me mostraram que "feminismo" tem se tornado uma palavra impopular. Mulheres estão escolhendo não se identificarem como feministas. Aparentemente, estou no grupo de mulheres cujas expressões são vistas como muito fortes, muito agressivas, solitárias e anti-homens. Pouco atraentes, até. Por que essa palavra se tornou tão desconfortável? Sou da Grã-Bretanha e acho que é justo que eu receba o mesmo salário que meus colegas do sexo masculino. Eu acho que é justo que eu
deveria ser capaz de tomar decisões sobre meu próprio corpo. Eu acho que é justo que mulheres se envolvam em meu nome nas políticas e decisões que afetarão minha vida. Eu acho certo que, socialmente, me seja dado o mesmo respeito que aos homens. Mas, infelizmente, eu posso dizer que não há um único país no mundo onde todas as mulheres possam esperar receber esses direitos. Nenhum país no mundo pode dizer que alcançou a igualdade de gêneros. Estes direitos eu considero direitos humanos, mas eu sou uma das pessoas sortudas. A minha vida é repleta de privilégios, porque meus pais não me amaram menos por ter nascido uma filha. Minha escola não me limitou porque eu era uma garota. Meus mentores não presumiram que eu iria menos longe porque eu posso dar à luz uma criança um dia. Esses influenciadores foram os embaixadores da igualdade de gêneros que me fizeram quem sou hoje. Eles podem não saber, mas eles são os feministas ao acaso que estão mudando o mundo hoje. Nós precisamos de mais pessoas assim. E se você ainda odeia a palavra, não é a palavra que é importante, e sim a ideia e a ambição por trás dela. Porque nem todas as mulheres receberam os mesmos direitos que eu recebi. Na verdade, estatisticamente, pouquíssimas receberam.

Em 1997, Hilary Clinton proferiu um famoso discurso em Pequim sobre os direitos das mulheres. Infelizmente muitas das coisas que ela queria mudar ainda acontecem nos dias de hoje. Mas o que mais me chamou atenção foi que menos de 30% da plateia no dia de seu discurso era masculina. Como podemos provocar mudança no mundo se apenas metade dele é convidado ou se sente à vontade para participar da conversa? Homens, eu gostaria de usar essa oportunidade para oferecê-los um convite formal. Igualdade de gêneros é um assunto que os envolve também. Porque até hoje, eu vi o papel do meu pai como pai ser menos valorizado pela sociedade, apesar de quando criança eu necessitar a sua presença tanto quanto a da minha mãe. Eu vi homens jovens sofrendo de doenças mentais, incapazes de pedirem ajuda devido ao medo de que isso os faria serem menos homens, ou homem. Na verdade, no Reino Unido, suicídio é a maior causa de morte de homens com idade de 20 a 49 anos, ofuscando mortes por acidentes de trânsito, câncer e doenças cardíacas. Eu vi homens considerados frágeis e inseguros, por um senso distorcido do que constitui o sucesso masculino. Homens também não possuem os benefícios da igualdade. Não é comum falarmos sobre homens aprisionados em estereótipos de gênero, mas eu posso ver que eles estão presos e que, quando eles estiverem livres, as coisas mudarão para as mulheres como consequência natural. Se homens não precisam ser agressivos para serem aceitos, mulheres não se sentirão obrigadas a serem submissas. Se homens não precisam controlar, mulheres não precisarão ser controladas. Ambos, homens e mulheres, devem se sentir livre para serem sensíveis. Ambos, homens e mulheres deveriam se sentir livre para serem fortes. É a hora de todos nós olharmos os sexos como um todo, em vez de dois conjuntos de ideais opostos. Se pararmos de definirmos uns aos outros por aquilo que não somos e começarmos a nos definir pelo que somos, todos nós poderemos ser mais livres, e é disso o que o HeForShe (ElePorEla) se trata. Trata-se de liberdade. Eu quero que os homens retirem esse manto, para que assim suas filhas, irmãs e mães possam ser livres de preconceito, para que seus filhos tenham permissão de serem vulneráveis e humanos, recuperando esta parte esquecida deles e, ao fazer isso, possam ser uma versão mais verdadeira e completa de si mesmo.

Você pode estar se perguntando: "Quem é essa garota de Harry Potter?" e "O que ela está fazendo falando nas Nações Unidas?". Essa é uma ótima pergunta, e tenho me perguntado a mesma coisa. Tudo o que sei é que eu me importo com esse problema. E
quero torná-lo melhor. Tendo visto o que vi, e aproveitando a oportunidade, eu sinto que é responsabilidade minha dizer alguma cosia. Edmund Burke (político) disse: "Tudo o que é preciso para que as forças do mal vençam é que homens e mulheres de bem não façam nada". Em meu nervosismo por esse discurso e em meus momentos de dúvida, eu falei firmemente a mim mesma: "Se não eu, quem? Se não agora, quando?" Se você tem dúvidas parecidas quando as oportunidades surgem para você, espero que essas palavras o ajudem. Porque a realidade é que, se não fizermos nada, demorarão 75 anos (ou, em meu caso, quase cem anos) até que as mulheres possam esperar receber o mesmo que os homens pelo mesmo trabalho. 15.5 milhões de garotas se casarão nos próximos 16 anos. E no ritmo atual, não será antes de 2086 que todas as garotas africanas que vivem em áreas rurais poderão ter educação secundária. Se você acredita em igualdade, você provavelmente é um daqueles feministas ao acaso dos quais falei antes. E por isso eu aplaudo vocês. Estamos lutando por um mundo unido, e a boa notícia é que temos um movimento unido. Ele se chama HeForShe (ElePorEla). Eu convido vocês a se apresentarem, a serem vistos e se perguntarem: "Se não eu, quem? Se não agora, quando?” Muito, muito obrigada".

P
arabéns Emma Watson, pelas lindas palavras e a grande iniciativa. Os Potterheads estão orgulhosos com essa eterna Hermione!!

Um comentário:

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"É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se lembrar de acender a luz."